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21.12.17
Juliana Nunes da PUC-Rio recebe o prêmio GrandJean de Montigny

O projeto "Complexo Cultural de Alcântara: Biblioteca como catalizador de mudanças sócias e urbanas em São Gonçalo"
de Juliana Nunes dos Santos e orientação de Vera Hazan recebeu o prêmio Grandjean de Montigny, concurso oferecido pelo CAU/RJ.

Foto: Juliana Nunes vence II Prêmio Grandjean de Montigny
(Crédito: Ricardo Lopes)

Abaixo, matéria fornecida pelo CAU/RJ:

Reconhecimento e emoção na entrega do Prêmio Grandjean de Montigny

18 de dezembro de 2017

Juliana Nunes vence II Prêmio Grandjean de Montigny

O Dia do Arquiteto e Urbanista, 15 de dezembro, foi duplamente especial à Juliana Nunes, aluna da PUC-Rio. Vencedora do II Prêmio Grandjean de Montigny, a futura arquiteta ganhou como prêmio viagem de dez dias para Lisboa, em Portugal, com despesas pagas pelo CAU/RJ. Segundo a comissão julgadora, composta pelos arquitetos Tânia Chuéke, Jayme Zéttel e Demetre Anastassakis, a proposta de criação do complexo cultural de Alcântara, tendo uma biblioteca como catalizador de mudanças sociais e urbanas em São Gonçalo, destacou-se por ter a melhor combinação entre arquitetura, urbanismo e paisagismo.

Clique aqui para ler a “Carta ao jovem arquiteto e urbanista”, escrita pela comissão julgadora

Os outros dois projetos que concorreram ao Grandjean de Montigny foram: “Plataforma urbana em Deodoro”, de Douglas Azevedo Pestana, aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e “Plano de desenvolvimento local de Morro Azul”, de Fernando Bonini, da Universidade Santa Úrsula. Assim como em 2016, concorreram ao prêmio do CAU/RJ os trabalhos finais de graduação vencedores do Prêmio Arquiteto do Amanhã, promovido pelo Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ).

Para Juliana Nunes, foi uma oportunidade ímpar representar a faculdade e promover a reflexão sobre a necessidade de equipamentos arquitetônicos em áreas esquecidas da cidade. “O desenvolvimento desse trabalho foi uma excelente oportunidade para abrir o debate sobre a necessidade de trabalhar áreas esquecidas e implantar equipamentos culturais. Com a ajuda da minha orientadora, fiz um levantamento detalhado da região metropolitana. A demanda de equipamentos culturais como o proposto é mais urgente em Alcântara, sendo que no Rio e em Niterói, por exemplo, já tinha a demanda atendida”, explicou. O projeto engloba biblioteca e a recuperação da faixa marginal do Rio Alcântara, com parque linear, integrado ao metrô da linha três, que não saiu ainda do papel. O estudo de viabilidade econômica prevê também a locação de salas comerciais.

O prêmio, cujo objetivo é valorizar o ensino e estimular a produção acadêmica, é também uma homenagem ao arquiteto francês Auguste Henri Grandjean de Montigny, membro da missão artística francesa que chegou ao Rio de Janeiro em 1816. O arquiteto foi responsável por alguns dos primeiros projetos em estilo neoclássico construídos na cidade, como a atual Casa-França Brasil e a Academia Imperial de Belas Artes. “A premiação tem uma carga simbológica muito grande. A trajetória de Auguste Henri Grandjean de Montigny é um marco do ensino organizado da arquitetura no Brasil. O objetivo da premiação é justamente contribuir para o desenvolvimento da profissão”, disse o presidente do CAU/RJ, Jerônimo de Moraes.

A vice-presidente de relações socioculturais do IAB-RJ, Cêça Guimaraens, destacou o orgulho de realizar esse trabalho em conjunto pela segunda vez. “Os dois prêmios demonstram que a qualidade das produções é crescente. Mesmo num momento difícil para as instituições de ensino superior, em especial à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que vivem situações críticas e de infraestrutura sucateada, as produções conseguem se sobrepor”, destacou Cêça.

O coordenador da Comissão de Ensino e Formação do CAU/RJ, Júlio Bentes, lembrou que a ideia do prêmio, sugerido pela professora Margareth Pereira, é valorizar a produção arquitetônica desde a formação acadêmica. “Associar o reconhecimento a uma viagem de estudo é uma tentativa de recriar os grandes prêmios internacionais. A proposta é que, futuramente, possa ser criado uma cátedra Grandjean de Montigny”, contou Bentes.

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